12 outubro 2009

Penélope Cruz

Lembram-se quando os nossos pais, todos os dias antes de irmos para a escolinha ou de sair à rua sozinhas, nos diziam: “não fales com estranhos”, “não aceites doces de estranhos” e mais uns quantos dizeres que nós ouvíamos ao estilo do gato do whiskas saquetas?
Eu, apesar de tudo, sempre levei isso muito a sério! Tanto que, fui crescendo, e adaptei as mesmas máximas quanto às pessoas a quem dava o meu número de telemóvel.
E até hoje, tinha a convicção que, neste campo, todo o cuidado era pouco em escolher os homens a quem confiar o meu sagrado número. Mas não! Também é preciso ter muito cuidado com algumas criaturas do sexo feminino.
Passo a explicar esta minha angústia:
Desde que começou o semestre, comecei a “falar” com uma colega que tem 1 ou 2 cadeiras comigo. Costumamos encontrar-nos, eu, ela e outros colegas, no autocarro, todas as manhãs. Portanto, tudo resume-se a “Bom dia” “Lá vamos nós aturar aquela biacth”, bla bla bla, conversa de circunstância, nada de transcendente.
A rapariga, numa dessas manhãs, diz-me: “Ah e tal, dá-me o teu número, posso precisar de tirar alguma dúvida, e assim podes ajudar-me”.
Eu, N. Maria, sem maldade nenhuma, dou-lhe o número. Acreditam que a criatura passou o fim-de-semana TODO a mandar-me mensagens com as perguntas mais estapafúrdias de sempre? À primeira e segunda, ainda respondi, mas depois perdi a paciência. Subtilmente, que é como quem diz, muito secamente, respondi-lhe às outras, até que perdi efectivamente a paciência, e não lhe respondi mais.
N. Maria, pensou que a situação ficava por aqui. Mas não!
Chego hoje à faculdade, e fomos fazer teste, às 8h30. A criatura colou-se a mim. Saímos para o intervalo, e deixei os apontamentos, livros e afins, na sala, como toda a gente. Chego à sala, depois do meu croissant fantástico, quando vejo a minha capa aberta e ela com os meus apontamentos na mão, a passá-los.
Eu fiquei para morrer. Só consegui articular: “Já vi que te fizeste de casa”. E diz-me a criatura assim: “Ah, estava aqui no intervalo sem fazer nada, e decidi ir passando a última aula a que faltei!”.
WHAT? Nem um pedido de desculpas, nem nada. Coloquei a minha melhor cara de dumbo, e fartei-me de lhe chamar, no meu íntimo, muitos nomes, começados por P e C.

N.

1 comentário:

  1. Pelo que me parece tens ai um caso muitissimo bicudo! Pior do que um que tenho em minha casa! :)

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